O país está à deriva, sem rumo, sem projeto e, pior, afundando cada vez mais na incompetência absoluta do atual governo. No “salve-se quem puder”, não existe colete salva-vidas pra todo mundo e então os setores sociais se destroem na busca da sobrevivência sem enxergar ou entender que o mal comum é exatamente a inexistência de políticas públicas setoriais em todos os sentidos.
Como sempre, em situações como a que estamos vivendo, as classes menos favorecidas e vulneráveis pagam um preço muito mais alto pelo desgoverno. Não é mais possível que se use os argumentos de uma pandemia ou de uma guerra para justificar o empobrecimento geral de um país como o Brasil que, mesmo dentro de uma ótica globalizada, é justamente fornecedor mundial de produtos que se valorizam no mercado externo em momentos de crise mundial.
A verdade sobre nossos níveis de miserabilidade está justamente na total ausência de uma distribuição de renda minimamente decente no país e no total desinteresse do governo em estabelecer políticas de proteção social que deveriam ir do combate a fome à garantia de geração de empregos dignos. Ao contrário, o estímulo à selvageria do individualismo e a destruição da máquina do Estado nos setores sociais têm sido a máxima da administração federal.
As eleições estão se aproximando e, claro, em uma democracia elas são o principal instrumento de mudança para o bem ou para o mal. Em um momento de tanta fragilidade social, uma cesta básica ou um auxílio miséria qualquer pode se transformar em um poderoso argumento para o voto justamente naqueles que enriquecem ou promovem o caos que o país vem passando.
Portanto, nossa obrigação em esclarecermos e mantermos o debate político sobre que tipo de sociedade que queremos se redobra e a única certeza que podemos ter no momento é a de que não é a fome, o desemprego, a miséria, a violência e o descaso social do atual governo que queremos no presente e para o futuro do país. Nossa luta é pela Vida!
Eliseu Silva Costa Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo Fonte: http://cntm.org.br/a-politica-do-caos/